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terça-feira, 15 de setembro de 2009

liberdade religiosa cerceada no Brasil…

10 10 2007

Recebi o texto abaixo (em itálico) por email.

Só vou citar alguns dos problemas que eu tenho com um email desses, embora o texto fale por si só.

Primeiro é interessante observar que corrupção, miséria e violência – pra ficar só em alguns exemplos – normalmente não geram esse tipo de mobilização entre evangélicos. De onde se deduz que este assunto lhes é mais importante.

Outra coisa interessante é usar o argumento de que o Brasil é “conhecido em todo o mundo por sua tolerância e respeito às diferenças raciais, religiosas e étnicas, entre outras”. Será que eles realmente acreditam nisso ou estão apenas tentando reforçar o argumento?

E a frase toda fica ainda mais ridícula quando se vê que o email é precisamente o protesto de um grupo pelo seu direito de exercer intolerância.

O tom apocalíptico do email faz parte da estratégia para mobilizar os fiéis, claro; ainda não consigo ver confisco de bíblias no Brasil.

O artigo deve ter sido escrito às pressas: os links para o site do senado (incluídos no original) não reforçam o argumento do autor do texto. O artigo 2o. do projeto de lei em questão prevê como crime: “Negar, impedir, interromper, restringir ou dificultar por motivo de preconceito de raça, cor, religião, orientação sexual, descendência ou origem nacional ou étnica o reconhecimento, gozo ou exercício de direito assegurado a outra pessoa.”
E no parágrafo 2: “No mesmo crime incorre quem pratica, difunde, induz ou incita a discriminação ou preconceito de raça, cor, religião, orientação sexual, descendência ou origem nacional ou étnica ou injuria alguém, ofendendo-lhe a dignidade e o decoro, com a utilização de elementos referentes à raça, cor, religião, orientação sexual, descendência ou origem nacional ou étnica. “Injúria e intimidação ao expressar um ponto de vista” não é um tipo de crime previsto no projeto de lei PL122/06.

“Na prática, a pregação de alguns trechos da Bíblia poderão ser criminalizados”: isso é mais do que erro de concordância. É uma falsa afirmação, que parece ter sido escrita desse jeito para causar alarme.

“Não podemos permitir a invasão de direitos particulares sobre os direitos coletivos”. É verdade. E é exatamente disso que trata o email não é mesmo?


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